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Maíne

 
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A brevidade do olhar
Consumido nas longas horas
Aparta-me da ânsia,
Flerta com o medo ancestral.

Minha dolorosa respiração
Suave no espasmo outonal
Cresce a medida em que nossas bocas
Entrechocam-se no silêncio,para o nunca mais
Do falso esquecimento.

Ainda sinto suas feridas em meus ossos,
Em meus olhos fechados para a partida,
Nas cavidades mais profundas de recondita devassidão.
Sangue em vão explode como desprezo
Junto ao mijo e ao carinho tempestuoso
Nada sobra.

É sempre tão tarde para o recomeço,
Do corpo desfeito na marca eu carrego
A langue conveniencia do entorpecimento externo
Solitário como o mito de nosso romance
Decompondo-se ao sabor da inocencia perdida
E da irreparável falta.

 
Autor
RaimundoSturaro
 
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Enviado por Tópico
Pedra Filosofal
Publicado: 03/06/2010 19:27  Atualizado: 03/06/2010 19:27
Colaborador
Usuário desde: 17/09/2007
Localidade: Barreiro
Mensagens: 1273
 Re: Maíne
Excelente regresso! já sentia falta dos teus poemas.
Gosto deste poema! Vai para os favoritos