Sinto as minhas veias
a controlarem-me segamente
como uma chama ardente
das luzes que tu semeias
me tornam dependente.
Memórias, mortas, nas cheias
que me deixam sem semente.
Como me sinto sem raizes,
como as asas sem perdizes
rasgando-me a pele obscura
lambendo o meu célebre sangue
das palavras lusitanas escritas
que sempre foram sentidas
umas vezes já foram dirigidas
sem respostas percebidas
de uma alma descontraida
que me deixou perdida
à olhadela de uma alma despida