“I’m going to be a part of it,
In all New York.”
As estrelas descem dos céus para
Bem perto da Terra, esta noite,
Todas as noites para te observar,
Bem de perto, bem de perto,
Bem de perto, cidade do Centro
Do Mundo. Big Apple, amiga
Dos artistas. Minha amiga...
Rosa do Mundo, expoente (Ai de mim!
Que até matemática tens , cidade!)
Máximo (sem exagero) da arte da vida, aquela
Arte de saber viver bem.
Em ti cidade, pequeno Mundo,
A vida corrre à velocidade de um carro
Multiplicado pelo bater de um coração
Elevado à potência de um máquina de calcular
Ou de um telemóvel de última geração.
As mamãs (vestida à ultima geração de
Farrapos andrajosos ou de farrapos chiques),
Olhando para os rolex comprados na
5th Avenue ou na feira de rua mais próxima,
Chamam, em gritinhos, gritos, gritões
Pelos filhos, à porta de uma escola.
“James! Vem já para qui! Meu cérebrozinho estúpido
De QI MUITO acima da média. Estás atrasado para a tua aula de violino.
Um mês sem a X-Box!” – grita uma mãe à sua criança que apenas
Se demorou porque queria declarar-se à colega de turma,
Segredar-lhe um poema de amor....
Mas, e no meio do rebuliço do
Querer viver mais rápido do que a vida,
Um poeta sonhador
Olhando para os céus no meio da Broadway,
Atrasa o tempo à sua volta
Dividindo-o pela imaginação, elevada
Ao quarto de hora.
E sonha...