Acompanhado de amigos, segui em direção às cidades da costa do oceano Pacifico. Havia muitos caminhos e muitas direções, de forma que me perdi.
Como não existe acaso nem coincidências, acabamos saindo numa estrada que nos levou a uma floresta de mata virgem. Senti o cheio de longe, paramos e aqui parecia o paraíso.
O forte cheiro exalava por todos os lados e em todas as direções. Eu nunca tinha sentido aroma tão natural e de repente estava no meio daquela floresta do mesmo jeito que os índios nativos .
Deixamos os carros em baixo das árvores para caminharmos. Achamos uma trilha e inesperadamente um enorme pássaro preto pousou no meio da trilha.
Olhou para nós, cantou, passou o bico no chão e sobrevoou. Sabia que era o guardião do lugar. Paramos e esperamos a autorização.
Ao sobrevoar, a autorização estava concedida. Entramos mata a dentro ; fizemos as práticas de meditação. Em certos momentos, eu não sabia se era eu ou a mata que balançava. Os pássaros marinhos sobrevoavam o local e um estranho som de sino de templo veio do mar e todos ouviram. Depois da prática, a minha saúde melhorou 50 por cento.
Caminhei entre as pequenas árvores da mata e achei morangos silvestres pelo chão.
Comi alguns para honrar o lugar. A mata é um excelente local para limpeza de formas e pensamentos. A natureza também serve como tempero e como tal limpa todos os nossos corpos espirituais.
Entre as árvores, havia uma planta verde, muito pequena, rasteiro, brotando flores douradas como lâmpadas solares pelo chão.
Assim depois de voltar para a civilização foi que pude ver o quão pequeno sou perante a natureza!
Luciano Ebeling Fonseca