Meus olhos não carregam o sono da vida real. Não tenho planos traçados cerrados entre quatro paredes nem minha alma está atada a sonhos impossíveis. Só tenho certezas, deste mundo incerto. Há um excesso estranho de possibilidades que fazem de mim um ser dispersamente atento. Cansei, cansei de fato. Não há lágrimas nem áureas melancólicas. Há tempos que não sei o que é chorar. Acho que deixei de ser poeta ou, poetizo sem crenças, quem sabe. Será que a minha poesia jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso? Isso é uma forma visível de costume: Significações que pulsam num peito nu e colhe no vasto chão das palavras o sentido das coisas que somente eu entendo.
Jey talvez as certezas deste mundo incerto faça um ruído confuso e ao deixar de "chorar" as emoções a poesia se perca a poesia é ou devia ser acima de tudo emoções e não palavras bonitas ou apreendidas numa universidade qualquer