És a minha maja desnuda
deitada fazendo pose de deusa,
e ai quem me acuda
para que eu não me derreta,
mas fique inteirinha e, doida,
voe contigo numa lambreta
riscando o azul celeste
que de tanta paz
a alma nos reveste,
e fica mais audaz
este sonho atrevido
por nós nunca vivido
onde tudo é consentido
fazendo ou não sentido,
mas o que importa no final
é a felicidade sem igual
que nos vai trespassar
e o coração a pingar...
Rita levantou-se da cama e agarrou Júlia.
Beijou-a loucamente e interrompeu assim a
lengalenga por onde ela já se ia meter.
- Hmmm... Raios e coriscos Rita... Vies-te
cortar-me o pio outra vez e agora perdi o fio
à meada!...
- Olha para ela a ficar brava como eu gosto...
Está bem desculpa, mas tu começas a descarrilar
nas rimas e não sei quando paras... Anhmmmm...
Estive tanto tempo ali na cama a fazer de «Maja
Desnuda» que fiquei com os músculos presos...
Mas fizes-te um belo trabalho amor!... Se o Goya
visse até lhe tirava o chapéu!
- Hmmmm... Sim, mas tu és mais esbelta... Tens
umas curvas de cortar a respiração... E foi um
prazer retratar-te e fazer algo que lembrasse o
famoso quadro do Goya.
Rita começou a beijar Júlia de novo e começou
também a tirar-lhe a roupa.
- Anhmmm... Agora apetece-me mesmo é relaxar...
- Espera... Para...
- Que foi amor, estás cansada?...
- Não, não, queria fazer strip...
Apagaram a luz e acenderam umas velinhas com um
perfume afrodísiaco e Júlia começou o
espectáculo ao som de uma música árabe.
Movimentava-se com gestos sensuais e muito
lânguidos enquanto ia tirando a roupa e a
atirava para cima de Rita sentada num puff.
Aproximou-se mais e pôs-se a dançar em cima
dela. Os seus mamilos roçavam nos dela e as
pontas das línguas também se tocavam e ficavam
elétricas. Rita afagou-lhe as costas e com a
boca tentava desaper-tar-lhe as calças. Júlia
deu uma ajudinha e a língua de rita foi parar
ao sexo de Júlia no momento em que um raio em
tons de azul iluminou o quarto ao que se segiu
um trovão assustador...
Elas não se assustaram nada e deram também
inicio a uma tempestade que em nada ficaria a
dever à outra que tinha acabado de começar. E o
fogo de artifício que iria explodir nelas iria
confundir-se com os raios e...coriscos!
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