De ti, sobraram as roupas
esquecidas no varal.
Saltam dos olhos,
alegres lembranças.
Mil palavras nascem
e morrem nas horas
de angústia e medo.
Debaixo de chuva,
vejo teus sapatos.
Ventos varrem as folhas
onde sonhas meus versos.
O tempo lava destinos
nas sombras e curvas
marcadas nas mãos.
Demônios cavalgam,
percorrem segredos.
Perdem-se nas pastagens,
entre rios,árvores e pedras.
Ainda espero colher as flores
atrás dos muros da casa
onde cantamos o amor.
Poemas em ondas deslizam nas águas.