Aos primeiros raios de sol Maria saíu da tenda, espreguiçou-se, pegou no «necessaire», na toalha e foi até ao pé do lago arranjar-se. A água fria provocou-lhe um arrepio nas costas, mas depois sabia-lhe muito bem. Arranjou-se, levou o jip para perto do local onde iria fazer a pintura da Joana. Depois montou o cavalete e foi para junto da tenda da Joana. Pôs uma cafeteira italiana no fogãozinho e depois começou a batucar na mesa enquanto cantarolava muito alto...
Joana saíu finalmente da tenda, estremunhada e meia atarantada. - Bom-dia dorminhoca... - É tão cedo... - disse Joana entre bocejos. - Eu não quero apanhar um escaldão... Vai lá arranjar-te que o café já começa a cheirar... Joana deu-lhe dois beijos na face e depois foi arranjar-se
Tomaram um café revigorante, comeram uns biscoitos integrais deliciosos e depois foram então dar inicio ao trabalho. Joana tirou a roupa e estendeu-se numa esteira, de lado, como se estivesse a dormir. Maria ligou o leitor de cedês do jip para ouvirem uma música calma e relaxante, pensava ela que era o que tinha colocado, e dirigiu-se para junto do cavalete. Mas de repente começaram os acordes da famosa canção dos Dire Straits,«Sultains of Swing». Maria praguejou e ia mudar o cedê, mas viu a Joana de pé a fazer que tocava guitarra, tal como ela fazia muitas vezes com essa e outras canções, e afinal dirigíu-se para junto de Joana e ali ficaram os 10 minutos da canção a fazer playbeck. Se o Mark Knofler as visse fartava-se de rir...
No fim cairam ambas para o chão, muito ofegantes. - Raios, agora estou toda suada! - Quem te mandou trocar o cedê e por uma música que eu adoro?...
Maria levantou-se rápidamente e pôs-se apenas em roupa interior e um chapéu de palhinha com uma pena de pavoa. Joana estava de novo deitada na esteira sem um único movimento... Maria continuava a suar e estava nervosa, nem a música a acalmava. Joana não tirava os olhos da roupa interior de Maria, vermelha e rendada. De repente levantou-se e foi a correr para a tenda. Maria largou tudo e foi atrás dela.