Poemas : 

Livro das Ofensas I

 
Logo, meus amigos, lhes diria,
Se aceite fora meu velho dizer
Na dura náusea da insistência,
O que a vida de novo vos traria
Por entre orgasmos de maldizer
Ou frases feitas sem sapiência

Que vos ofendeis com a mestria
Achada em velhos ébrios sem valor.
Vós, génios da verbal ditadura
Cuja virgindade assim perderia,
Em vossas mãos nuas e sem pudor,
A sua língua tão jovem e pura.

Sabeis então que o Sol vos queimaria,
Vos empurraria para sombras escuras
Prostradas num chão tosco e só,
Nascido do vento fraco da maresia
Como fracas são as vossas figuras
Com os dedos enrugados, cheios de pó.

Erguei um pouco o véu de vossa cobardia,
Saciai aqui a vossa mesquinhez animal
Que se agiganta do ego sujo e pueril
Disfarçado por letras de sabedoria,
Lágrimas vindas da ofensa mortal
Que se rasga na pele, no silêncio vil.


A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 27/05/2010 16:13  Atualizado: 27/05/2010 16:23
 Re: Livro das Ofensas I - ao Alemtagus.
muito bom poema, caro amigo.

espero que nos próximos capítulos
não haja tanto desencanto, se bem entendi,
sem pormenorizar.

um grande abraço do rehgge.




Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 29/05/2010 15:36  Atualizado: 29/05/2010 15:36
 Re: Livro das Ofensas I
Ahhh...Fe,
Não fosse pela beleza do texto, minha tristeza seria maior.
Carinho,
Má.