O irracional matou o poema.
Numa vaidade infernal
Atraiçoou as palavras
Numa ânsia magistral
Terá algum valor
Poeta é ser livre afinal…
Ou num ( abismo ) escritor
Baralhação constante
Num areal que afoga
Chega a ser caricata
Tanta ´“” tão pouca “” monta
O irracional atraiçoou o poeta
O poema riu com (dor)
Num desdém proxeneta
Da rima de pouca cor
Desdenhando de sua musa
O poema se finou
Bruniu letra a letra
Mas na confusão que gerou
Gritou alto e bom som
Sou muito bom, isso sou
Perdeu-se, nas prateleiras bafientas
Onde repousam as obras
Num velório memorial
Jaz o poema deitado
O triste sentiu-se mal
Pelo escritor, excomungado.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...