O poeta é sempre um sonhador,
Capaz de cantar o nosso dia a dia
De amor, ira, sofrimento. alegria
Poetando nosso prazer, nossa dor.
Se assim não fora, o que seria.
De um tolo desentendimento,
Que ele em imenso sofrimento
Torna e o faz com tal maestria,
Que em tragédia se transmude!
E isto num versejar tão bonito,
Que a todos o sentir assim ilude.
E o tonto querer que pouco dura...
Torna-se então eterno, infinito!
Pois nele só se ama com loucura!
Pedro Paulo da Gama Bentes