Poemas : 

MORTE

 
Ajoelhada minh'alma reza em tristezas
segura nas contas dos sonetos desta hora
em que minha velha face sozinha chora
em busca de acalento a estas fraquezas.

Já fui a mais feliz de todas as camponesas
num reino perdido...lembranças de outrora...
lá distante de mim já fui senhora
e a felicidade era a maior dessas riquezas!

De volta e... nem terras...nem sonhos...nem nada...
só minh'alma que encontra-se devastada;
dolorida, clama ansiosa a dama ladra

que com os mortais sua hora está marcada.
Anseia ver-se enfim desta dor emancipada
ao deitar-se rígida de silhueta em quadra.

 
Autor
dellacoelho
 
Texto
Data
Leituras
734
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
LaRoche
Publicado: 23/05/2010 02:39  Atualizado: 23/05/2010 02:39
Colaborador
Usuário desde: 26/02/2010
Localidade:
Mensagens: 706
 Re: MORTE
Parabéns pelo soneto. Um espera ansiada e uma hora desejada em versos muito bem escritos. Parabéns.