Ajoelhada minh'alma reza em tristezas
segura nas contas dos sonetos desta hora
em que minha velha face sozinha chora
em busca de acalento a estas fraquezas.
Já fui a mais feliz de todas as camponesas
num reino perdido...lembranças de outrora...
lá distante de mim já fui senhora
e a felicidade era a maior dessas riquezas!
De volta e... nem terras...nem sonhos...nem nada...
só minh'alma que encontra-se devastada;
dolorida, clama ansiosa a dama ladra
que com os mortais sua hora está marcada.
Anseia ver-se enfim desta dor emancipada
ao deitar-se rígida de silhueta em quadra.