Manso como o sono lento
nas últimas páginas
de um livro noturno.
Manso, leve como o ar
nas últimas danças
de um tiro certo.
Lento num sorriso
letárgico
abre-se em braços justos.
No último momento de lucidez,
em plena noite assassina a memória
viva num copo de vinho.
* Série de Poemas manuscritos nos anos 70, período da ditadura militar no Brasil, por um jovem poeta Anônimo.