Recordar,
É andar, novamente, por aquelas trilhas
Cobertas pelo matal, aonde a gente ia,
Quando criança, aos bandos,
Para colher pitangas e amoras vermelhas
Da cor natural dos lábios da minha
Primeiara namoradinha...
Recordar,
É recuar no tempo
Entrar na cabanada abandonada
Reascender a foqueira
E voltar a assar o pinhão,
O milho verde e a batata doce...
Recordar,
É fechar os olhos e rever
A Idalina uma flor silvestre,
Enquanto o sol desaparece
Po trás do morro
Como um grande disco de fogo...
Talvez, fosse melhor
Não recordar nada,
Ficar doente do olhos
E dos ouvidos
Para não rever saudosas paizagens
E não voltar a ouvir
O alarido de um tempo
Que não volta mais...