I.
Azul do mar,
Azul do céu,
nocturno,
vente oceânico
de tantos temores,
em ti se encerram
mistérios,
e fados antigos,
de dor,
de amor,
Denso oceano
navegador
onde aportarás
a dor?
Génio marinheiro,
velejador,
em bolinas de sonho,
navegando pelo Mundo
Aquém e Além Dor
II.
Salvé tridente,
mestre marinho,
Senhor dos Mares,
eterno pregador
destes peregrinos
sem dor,
somos navegadores
do destino.
III.
Aporto no cais da Saudade,
e vivo,
Parto,
sinto saudade da saudade
e vivo,
Infeliz por viver
sem Saudade,
com saudade
da Saudade.
Marinheiro de oceanos,
de mares celestiais,
depositário do sonho
de sonhar
És pastor e pescador,
guias teus passos
lançando tuas redes
ao mar,
aos
Mares
de sonhos
de viver
eternamente
Sonhando.
Francisco Canelas de Melo
"O acto de escrever
cresce com a necessidade de viver"
Muhammad Rashid