A escuridão vem e te domina. Traga o corpo e o espírito numa ciranda pueril de penumbras e sombras.
Na psiquê do poeta, um anjo desgarrado toca incessantemente uma trombeta.
O fim do ciclo é anunciado nos quatro cantos do absurdo.
A dama da noite cheira a sereno fresco na madrugada do desejo e quando o sol nasce, apodrece sem os seus encantos.
O frio gelado do punhal trespaça a garganta sanando todas as palavras...
...sílaba-a-sílaba...
A solidão é uma litania orada por venerados mestres, filósofos e poetas...
Nove meses no útero materno...
...a luz vem e te cega!
São Gonçalo, 17 de janeiro de 2007.
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