Nunca acreditei, Que o meu amar cerceasse o teu ir e vir, Cria que o amor era isento enquanto sentimento e jamais partilharia espaço com o acorrentar. Amava-te afora as regras, convenções e meu completo ilimitar delimitava teu respirar. Não sabia do lado adverso do querer, do avesso do dedicar. Não permitia paralelos que não amor pelo amor, nada que supostamente se opusesse era acatado. No meu querer liberdade se opunha a isso. Não compreendia, Do veneno que o amor produz, da receita errada, do que adocica e adoece, do que te lacerava e sangrava em mim. Nada era precisão, tudo era inexato, No quesito amar era eu sem preâmbulos, parênteses, nem chaves, nem reticências...
O amor que eu lançava ao vento roubava o teu ar. No céu imenso e azul, um veio de cinza vazava no teu existir. Minha pureza poluía veementemente a tua. Eu, qual vírus, te contaminava. Qual cega não via. Absorta não percebia. Olhos cingidos só rumavam a ti. Não percebiam o escuro que refletia a tua volta. Eu, letal para ti. O amor por ti, letal para o próprio amor.
O amor se degenerou, Corrompido, se reabsorveu, Tornou-se dor, vício, ferida em constante fluxo. Eu, falência de nós. Nada nos impediu. O amor ao precipício nos impeliu. E no final tudo que eu ansiava era um antídoto para esse sentir. Queria ao menos um contraponto, que não houvesse entrega... Uma solução restauradora, ................. continua no link: