Era nos olhos de todas as cores
Que morava o feitiço
Que se sabia que “um poeta tem olhos de água”
Para reflectir “todas as cores”
E todas as dores
Num feixe gordo, roliço
E é na forma, feitio e proporção exacta
Dos olhos de todas as manhãs
Que vê o dia
Mas se perde a data