Poemas : 

NO BAR

 


ao alexandre onn'eill, que eu gosto tanto.

todos aqui aprendem desde cedo
a conviver entre a fumaça e o sono
e são de si o próprio arremedo
do cão vadio órfão de seu dono

trazem nos bolsos luas de brinquedo
fazem descaso do próprio abandono
da boca de um escapa um verso azedo
outro quer verão em pleno outono

alguém tropeça no tropeço alheio
a mão pesada acerta um rosto em cheio
e voam copos cadeiras e mesas

não tarda a calma volta de repente
no prejuízo o que ficou sem dente
brinda à saúde das suas tristezas

____________

júlio


Júlio Saraiva

 
Autor
Julio Saraiva
 
Texto
Data
Leituras
836
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
7 pontos
7
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Alexis
Publicado: 19/05/2010 09:49  Atualizado: 19/05/2010 09:49
Colaborador
Usuário desde: 29/10/2008
Localidade: guimarães
Mensagens: 7238
 Re: NO BAR para julio
...e não é que o lusopoemas é uma espécie de bar, mesmo?

tchim-tchim

alex



Enviado por Tópico
eduardas
Publicado: 19/05/2010 15:45  Atualizado: 19/05/2010 15:46
Colaborador
Usuário desde: 19/10/2008
Localidade: Lisboa
Mensagens: 3731
 Re: NO BAR p/Júlio
Um bar bem suigeneris. ao menos alguém brinde à sua própria desgraça.

bj


Enviado por Tópico
Margarete
Publicado: 19/05/2010 19:24  Atualizado: 19/05/2010 19:24
Colaborador
Usuário desde: 10/02/2007
Localidade: braga.
Mensagens: 1199
 NO BAR ao júlio (pai, mestre e tudo)
não tarda é cedo para os dias começarem com um fim antecipado. eu gosto destes lugares de ser arte até num abrir de boca ou dar uma mão na cara.


gosto também sempre de regressar aqui, onde me deixas.


um beijo,
mar.