Lá fora não se sabia
Se fazia sol ou se chovia.
Aqui dentro ele de canto
Soslaiava o belo grupo
Que se fartava à mesa.
Mas o indigesto
O improvável
Não eram pratos
Sim espelhinhos
Não era de comer
Era de cheirar.
Por longos momentos
Ele testemunhou quieto.
Os rapagotes e moçoilas
Da mais culta estirpe
Mergulhavam na poeira.
As testas e as gengivas
Flageladas de pureza
Da brancura tóxica
Alinhavam carreiras
Diziam estou aberto
Mas iriam se fechar.
Enfim ele exauriu
Não pôde mais olhar.
Foi à mesa curto e grosso
Se quiserem saber de mim
Sabem onde me achar rugiu.
Lá fora
Se chovia
Ou sol fazia
Pouco importava
Ele não tinha pressa
Estava fazendo por merecer.
Chegara a grande resposta
E ela pouco ou nada dizia.
Adestrava-se a ambição
Era tempo de cuidar do jardim
Abrir a ducha pras borboletas banharem.
Tinha dia
Não era fácil
Mas com coragem
Se se ajudava
A inteligência
Vencia.
O sonho
Se impõe
Prensa a gente
Na parede
Dorme nú com a gente
Sem transar.
Seu compromisso inadiável
Era com a honesta confissão
E no fim ele soaria trejeitoso:
- I had
To go see
About a girl.
Aos que aqui chegaram com interesse, um grande abraço! É nosso trabalho abraçar-vos em imaginação por um instante, pra que as palavras venham com toda força do mundo!