Não me peçam para fazer versos
Versos o que será que são, será o vento
Que desliza no meu pensamento
Será a nuvem que passa, talvez os beijos
Que o montado recebe dos braços
Da sorte quando troveja e o céu é cinzento
Desfaz-se o relâmpago, em pranto
Parte-se em dois o sobreiro aos pasmos
Versos,que será que são, será o ensejo
Será o meu verso dia que passa sem sombra
É o sol escaldante do meu Alentejo
É a ceara que falta nas terras de sobra
É o som estridente de um melro, realejo
O meu verso, é terra seca de ponta a ponta.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...