… Ruy Belo
“me converter subitamente num sentimental.”
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Ouvir alguém
dizer a tua poesia,
com alma e profundo sentimento,
despertou em nós, como diria,
um invulgar estremecimento
sem saber bem, porque seria…
que além,
nesse “lugar etéreo onde subiste”,
de lá, pois certamente, que assististe.
Foi honra redobrada, para nós,
ao ouvir o poeta anunciar,
embargando-se-lhe, num momento,
a sua voz,
que iria tal leitura dedicar
ao modelo, do teu álbum de retratos,
que descreves em teu poema
como ninguém, alguma vez
de forma tão vibrante assim o fez.
Sim já por certo adivinhaste,
aliás diria antes, se não minto,
que vindo lá de longe, ali pairaste
sobre nossas cabeças empolgadas,
creio bem, sem ofender, pois o que sinto
é que “em espírito”, ali terás estado
certamente feliz,
mas por certo comovido.
Por vezes quanta “vibração”
a tua poesia fez sentir
enchendo a transbordar o coração
de quantos, ali estavam reunidos
ouvindo extasiados,
ficando, falo por mim, aficionados…
Sem lisonja ou algo de perverso,
quedando-se boquiabertos, como um sonho,
sem saber ao certo, aconteceu
ao ouvir esse poema de “elogio”
a quem deste, pois, o nome teu,
todos em uníssono e sem inveja,
desse poema que escreveste
em tão bela poesia musical,
e depois de beberes a tal cerveja,
como então disseste, agora eu digo:
te converteste, Amigo…,
“subitamente num sentimental”.
António Boavida Pinheiro
AUTOR DE:
«Cem Poemas Diversos»
«Poemas ao correr da pena»
«Poemas em glosa»
OUTROS...
... depois de ter ouvido o Poeta António Carlos Cortez, ler o poema de Ruy Belo: « Elogio a Maria Teresa», em 3 de Maio de 2010, no Curso de Poesia Contemporânea Portuguesa, a decorrer na Casa Fernando Pessoa, perante um auditório de várias dezenas de poetisas, de poetas, de professores/as, e de investigadores/as..., tendo o mesmo dedicado a sua leitura a Teresa Belo, viúva do Poeta, ali presente...