Mergulhar fundo
poço rio mar.
Deixar vazio o ego
e naufragá-lo
na escuridão.
Na claridade
expor âs pedras
soltas no caminho.
Banhar-se nas águas
dos lagos limpos,
receber a luz
de num dia alegre.
Amar vaporosamente
sem réguas no peito.
Sem medidas,
tingir a alma
de azuis e rosas.
Flanar ao vento
tecendo as horas,
compondo poemas.
Ouvir a música
de cada dia
e flutuar nas mãos
dos homens.
Poemas em ondas deslizam nas águas.