O poema estatelou-se no chão árido
Vociferaram as visaras em prantos
Os dedos apontaram, eram tantos
Os pontos apontados, um mísero fado
Foi o que sobrou do poema irado
Porque o corpo tombou nos flancos
De um pedaço de papel, nos ventos
Que uivaram, logo apareceu vincado
O riso mordaz que não entendeu
O poema, irado olhou de desdém
O riso mordaz, afinal serás camafeu
Gravado no dedo que se perdeu além
Apontando o poema que agora moeu
O olhar viciado que fica tão aquém
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´
Julia_Soares u...