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30ª foto - Elefantino

 
O Elefantino era um indivíduo grande em todos os aspectos. Era mesmo enorme. Grandalhão das orelhas até ao sentimento. Era tão grande que fazia sombra às árvores. Era tão, tão grande que conseguia chorar e rir pelos amigos todos. O Elefantino era tão grande como os grandes todos de que é feita a memória.
Nos dias da sua vida, que corriam entre os outros como se quisessem passar a qualquer custo, dançava mais ou menos depressa como se não quisesse fazer mais nada. Era coisa de doido varrido mas, que não desenhava nenhum mal... que mal nunca fora do seu conhecimento.
O Elefantino era feliz. Não era importante se o deixavam ser porque fazia parte da sua natureza grande. Tinha um sorriso do tamanho do mundo. Nunca o ensinaram a sorrir, nascera assim.
E o tempo andou, andou, andou... e andou...
Hoje, quando falo do Elefantino, tenho que usar a forma verbal da memória. Ele minguou. Perdeu tamanho. Ficou anão. Consumiram-no e coseram-lhe os pés no chão.

Valdevinoxis



A boa convivência não é uma questão de tolerância.


 
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Valdevinoxis
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/05/2010 18:49  Atualizado: 15/05/2010 18:49
 Re: 30ª foto - Elefantino
Muito interessante Val.
Contas uma história em linguagem poética e o texto que aparentemente é pequeno ao olhar, sofre de um gigantismo paquiderme.
Gostei imenso, como me é normal gostar em relação ao que escreves.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 15/05/2010 19:11  Atualizado: 15/05/2010 19:11
 Re: 30ª foto - Elefantino
gostei muito do texto.

abraço

JLL