O teu ser, o vento acariciava,
Erguia torres em tuas naturezas,
O doce mel sobre as maciezas,
Que minha língua serpenteava.
Minhas mãos, por ti aprisionadas,
E como, o vento, em ti vagueavam,
Entre montes e vales, condenadas,
Com o prazer as graças semeavam.
Sentimos o crescente arquejo,
Aprisiona-nos o ardente desejo,
Nosso amor não murcha, não cansa,
A lava que de paixão nos queima,
O laço poético nos corpos rima,
O quadro pintado de esperança.