Oração
sem horas,
em submersas
(H)oras,
entranhas
cuspidas
d´amargura
sujeita
em negro
respirar,
células-mortas,
despidas de vida,
putrefacta,
de tanto viver
profundidade tremenda,
dor sem dor,
dor sem fim,
sem alcance
dum açor
ar rebelde,
carne renascida,
em sopro divino
Luz tranquila
em profunda
noite,
luar disperso
em tamanha
tranquilidade
Vós, carne putrefacta,
Vós, imortal Alma
que clonas em meu Ser,
em meu Viver,
Re-surge
profunda,
intensa,
como vida
após viver.
Francisco Canelas de Melo
"O acto de escrever
cresce com a necessidade de viver"
Muhammad Rashid