Mesmo que os sonhos nos cultivem
Em seguir em frente
A realidade é sempre dura
Quando o verbo amar
Não é presente.
A palavra é só
Mera distracção descritiva
É sem acção
Eternamente efémera
E serva do tempo.
Não vês o destino delas
Nem ligas às sombras desse passado
Já esquecido.
O Império das acções
São sempre cordéis
Esperamos pelo mestre das marionetas
Para nos laçar por entre estradas e caminhos
De frente com a Sorte
Chamada de Felicidade.
Mesmo que estejamos em rotas diferentes
(das acções)
Vão-nos crucificar internamente
Pelas não decisões que não tomamos.
Não poderíamos agir, nem reagir,
Sem acção,
Sem motivação,
Sem paixão.
Mas não agir ao nosso estímulo interno
É massacrar o espírito
Por Se’s e suposições de rosas de espinhos,
Urtigas de castigos
Ou cardos cravados no peito.
Deixamos as inquisições tomarem
O nosso meio de agir
Deixamos que o ser adulto
Nos mata o sonho da Rosa
Deixamos que a acção
A serva do tempo
Tornar-se madrasta da tortura
E não nos lembramos
O que uma criança faz
Quando vê um novo mundo:
O que fazer hoje
Para Eu me divertir?
Deixem de agir em passados presentes
Reagem ao manifesto futuro do agora
Do Momento
E libertem as sementes dos sonhos
Como agricultores de penas
Em cultivar acções vindouras
Nas mentes que ainda não despertaram
Para a vida da reacção.
Agir ou ser escravo do tempo
É a decisão que nos marca
No meio do mar
Das cearas da sociedade.
Sejamos lavradores!
P de BATISTA
Leiria, 8-5-2010