Poemas : 

Sonhos Alados...

 

Ai! Como eram alados e cintilantes
Todos os sonhos de mim nascidos
Finas flores de pétalas radiantes
Em canteiros que fiz ainda menino!


Ai! Como eram belas as tantas cascatas
Das líquidas e límpidas águas brotadas
Que faziam mais bonita a minha cidade
Mais boninas as minhas pálidas faces
Que denunciavam minha pseudo ingenuidade.


Ai! E as manhãs de esperanças tantas
O astro rei colorando os bichos, as plantas
Beijando tudo que está sobre o mundo
Enquanto as água continuavam mansas
Entre as ramas e as flores de tons amarelos
Entre jacintos de rios esmaltados e belos!


Ai! Os orvalhos genuínos de tristes olhos
Galos de poetas que tecem as manhãs
Canários-da-terra chilreando canções...
O ar enriquecido de baunilha e hortelãs
Quebrantando elos e tenazes aos corações!


Anonimato dos amores puros e reprimidos
Violões que plangem as mais tristes notas
Nasce a humanidade de uma rama torta
Num momento que jaziam amores destruídos...

Num momento de divino e fatal descuido...
Mas transformaram em brilho os limos
Em busca constante da felicidade..
Onde mora não importa!





Gyl Ferrys

 
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Gyl
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