No meu mundo
Turvo a blasfémia é o contéudo
Na hora de me enterrar
Eu já não conheço a primavera
Que me jogou em todo lugar
Nada disso é infinito
A areia é sem fim
Porque não sabemos
Terminar ou começar
Onde iremos pirar
Se o desnumbre fosse algo bom
Todos seriamos estrelas
E porque todos nós não somos estrelas
Se cada um brilha na sua constelação
É um mundo sem visão
Onde o grito só nos seduz
Se ecoando num sonho fútil
Que o significado é inútil
A todas as médias que conduz
O céu tem o sentido
E o vento uma direção
São coisas tão grandes
Que o limite nos tornam
As areias do mar insignificantes
Soprando o tempo
Tudo no passado
Fica guardado
Pelo pedaço
Espalhado
O começo
É um infinito
Pois tudo é um limite
Meu coração é o limite
Minha vida é o limite
O tempo é o limite
Tudo é o limite do começo