Reflectindo na pele, teu rio sua,
Teus olhos gritam, boca crua,
Teu corpo em pedaços, toda nua,
Fragrâncias de luz fogem da lua.
De luz adornando tua silhueta,
Líquida história te desenha,
Louca te percorre como uma seta,
Cobrindo-te de forma estranha.
Luz traquina de espelho partido,
Nas águas reflectem esse teu rio,
Meu corpo vibrante, enlouquecido,
Salta sobre o teu escorregadio.
E por um momento o mundo pára.
A lua cega pelo brilho solar,
Nem os passarinhos a chilrar,
Nem o vento feroz a assobiar,
Apenas tu sobre meu abraçar.
A Lua testemunha cega no alvor,
Ouve a exuberância da existência,
De dois corpos dançando no calor,
Da mais bela tórrida noite d'amor.