Paineira
Na minha infância havia uma paineira
Bem no cruzamento de duas estradas.
Neste lugar era um ponto de jardineira
E aí boiadeiros faziam suas pousadas.
Hoje quem passar por aquela estrada
Ainda poderá ver naquela encruzilhada,
Quase abandonada, aquela paineirinha
Já com poucas folhas e tão desgalhada.
Já se passaram mais de cinqüenta anos,
Mas ainda recordo os dias passados,
Que foram marcados pelos desenganos.
Quando passo por aí com o meu carro,
Vendo suas flores em tom rosa claro,
Penso no que restou de meus planos.
jmd/Maringá, 14.05.10
(soneto nº 700)
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