Caminhando te encontro fácil pela rua
E lhe vejo nos prédios e fachadas
Tu aberta mostras o sol, mostras a lua
Tu fechada, não me mostras nada...
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Por ti vejo as pessoas sorrindo
A ilha ao longe no mar aberto
Um navio do recôncavo partindo
E embarcações no porto deserto...
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Em ti a poesia que poeta declama
E em todas a ruas, um pouco de sua vida
Na noite a luz da lua te chama
E és por namorados dividida...
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Em ti posto meus cotovelos admirado
Olhando o sol que está de partida
Ele parte sorrindo, porém exilado
E colorindo uma outra vida...
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Às vezes és como primavera de flores
E vejo o meu amor em ti debruçada
Por ti passam mais de mil amores
Em vós muitos outros contos de fadas...
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Janelas coloridas, são várias as tuas cores
Uma a uma neste tão belo Pelourinho
E tu estás nas ruas e nos corredores
Está em nossa casa, e na casa dos vizinhos...
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São as janelas do carnaval em fevereiro
Onde ficas num cara a cara com o trio
Também és de São João, e do ano inteiro
Venezianas que me protegem do sol e do frio...
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Por ti vejo a ondas quebrando no mar
Sou um aqui, um menino admirador
Em ti fico com meu amor a namorar
Nas velhas janelas de Salvador...