Evola-se teu corpo nas brancas montanhas,
Lençóis de feltro de manhãs radiosas,
E caminhando nessas cordilheiras rochosas,
O meu olhar súplice perde-se nas penhas.
<br />É majestoso esse mundo de coisas estranhas,
Cheio de magias e multidões esplendorosas,
Onde de dia chovem do céu pequenas rosas,
E de noite me faz engolir as entranhas…
E o teu corpo é dessas coisas transitórias,
Essa cúpula de sonhos experimentados
Em breves silêncios de aves migratórias.
Morro de afectos quando me desapareces
Rangendo a seda ou o xisto embrulhados,
E na mortalha de mim mesmo me aqueces.