Sobe uma rua pelo espaço ocupado
Corre as casas
[levanta-se
Sucede-se nos números das portas
Na calçada de pedra
[atravessa-se
Opaca pelo vidro clara
Por janelas
[abrindo-se
Morada no vento
Respira
Escusa nas raízes fundas da terra
Que a viram nascer em cada pessoa
Lugar próprio nos dias
[delas
Sobe uma rua pelo espaço tomado
Parou presa naquele olhar
Trapézio despido nos lábios da lua
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva