Do nada que tenho...
num tudo que vivo,
sobrevivendo do querer,
do desejar e permanecer,
em vidas e mundos que não meus,
alcanço o inalcansável,
em pensamentos perdidos,
para onde te transporto a ti e a mim...
Dançamos, ao som de tangos...
em passadeiras vermelhas rubras,
transportam elas expectativas,
que as danças sejam revelações,
de sentidos e sentimentos,
de vinhos rubros ao luar,
de ventos em outroras pensares,
onde eu vivi, e te permanecí...
em todo o meu amar...
Do nada que pressinto,
num tudo que me dão,
vejo-me sem nada...
tendo tudo.
Vejo-me perdido...
por algo... que de tão parco,
que até possa ser...
comanda-me a mim...
comanda-me a vida...
comanda-me os sonhos...
Sem esse parco porquê...
não existe porquê...
e enquanto não o tenho...
sonho...
perdido ou encontrado...
mas sempre sózinho...
por agora...
ou não...
mas sempre no sonho de um dia,
poder me sentir...
fora da ilusão,
fora da desilusão,
vivendo completo,
sentido...
e...
amado...
por ti.
Alexander the Poet