aquilo que nunca te disse, nem mesmo aqui.
Será que me OUVES, Diogo?
Pode ser que o orgulho me impeça um dia de te dizer isto; tanto ou mais que agora…
Por isso te escrevo e não te envio o que escrevo.
Por isso te digo rigorosamente nada!, na esperança de que entendas aquilo que não te digo e ignores aquilo que te grito;
Porque o uivo mais puro, aquele que mais perdura,
…É e sempre foi aquele que nunca foi dito,
Aquele que nunca foi escrito,
Aquele que ficou por dizer.
…E bendito daquele que o consegue ouvir,
E bendito sejas se ouvires aquilo que te grito agora, sem o escrever….
E sem uma única linha escrita, com as palavras que quero que perdurem entre nós, espero que saibas que te amo,
Que não quero ser como aqueles dois Gémeos que nos antecederam.
…Por isso pega nessas palavras que desconheces e usas para voar,
Voa bem alto, mais alto que o impossível, ultrapassando o imaginável,
Até a estrela mais longínqua, a mais brilhante de todas,
De onde possas sonhar como nunca sonhas-te!...
Enquanto eu, aqui fico…, na esperança, de te ouvir gritar em silêncio!,
- EU CONSIGO OUVIR-TE, RUI!