Olhando a valsa no teu corpo ereto e virtual, Com as pernas rodadas pra fora do quadril, Os joelhos na posição dos pés, é fenomenal, Nas direções que pulsam emoções no perfil, Trás na missão da afabilidade o brilho facial.
Traço marcante no teu olhar de tanta alegria, Show de alvedrio em vôos é a minha bailarina, Transmitindo o amor em passos com simetria, Dançando em cada partícula do ar com regalia, O canto não para e mexe com a alma cristalina.
Haja tanto honor. É a bailarina a mais zelosa flor, Também chora, sofre e tem como prêmio o palco, Na magia dos pés e do corpo ela também tem dor, Voando sem asas, sorrindo sem balizas quão floco, Desenhando a liberdade estampada no rosto (amor).
Sobressai do límpido riso a mais bela figura dançante, Num salto na ponta dos pés transmite a paz e ânimo, É o coração de ouro num petit jeté de lado, é confiante. Postura forte, elástica de amor nos tornozelos faz arrimo, Traduzindo em pirouettes, ela gira, gira, gira é arrasante.
É a mais suntuosa expressão da paz entre todos os humanos, Enquanto danças, imaginas o mundo sem as bestiais guerras, Esquece de si no bailado que se eterniza nos braços da terra, Movimentando com leveza o sopro da vida que nunca encerra, E levas a charge de Deus com aplausos, e o teu poeta venera.