No vento deixo um arder,
no etério deixo rasto,
cheiro a insenso...
que te faz lembrar-me...
que te faz imaginar-me...
em lábio encadeados,
em mãos desordenadas...
ritmando em teu corpo,
desenfreados sentidos,
desenfreadas vibraçoes,
...
o coração pulsa...
as pupilas dilatam...
e a vida,
que para mas não para,
que permanece dura e crua
para os demais que sonham...
com a vida daquele momento.
Perfume que pressintes hipnotizar...
aroma de pele que vicia,
droga que traça rumos,
de uma vida acoplada,
de sentidos explosivos...
tudo por um rasto,
que perdurou...
para além do vento,
para além do dia e da noite,
e se eternizou na ausência,
ficando entrenhado na tua pele,
e levando-te contigo...
a essencia do meu respirar.
Alexander the Poet