não há nada
nem a luz de qualquer farol
nem o nevoeiro
nem a escuridão
nem forças por mais desumanas imaginadas
não há nada
que detenha os murmúrios que em surdina
guardamos como devem ser guardadas as palavras
que à bolina soletramos na solidão de estarmos os dois
não há nada
nada que nos demore no tempo que ambos sabemos que não há
nada que nos esconda a vontade que temos
não há nada