Atrás do preso, a porta se tranca
Sufocando-lhe a voz na garganta
Pelas lembranças de crimes tantas
Que nem consegue falar
São crimes que levaram o tribunal
Há ele condenar com a pena de morte,
Ao nascer do sol no outro dia
Com serenidade o preso ouvia
A sentença proferida
E eis que toda a calma aparente
Que antes o sustentara
Caiu por terra como mascara mal colocada
Era ele agora pessoa desesperada
Pensamentos terríveis
Agora o martirizavam
Pálido e de olhos no fundo pensou
Agora esta tudo acabado
Pois sem receio ou medo
Ele tirou muitas vidas
Das quais nunca se abalou com o sofrimento
Porem naquele momento
Quando a morte lhe encurralava
Lembrou-se do terror que passavam
As vítimas de seus crimes
Lembrou-se também de quando rejeitou a deus
E ao diabo se entregou
E eis que hoje o momento de sua cobrança chegou
Levado a rua frente ao povo foi condenado
Pois morrera enforcado o homem
Que a tantos matou
E que no momento de sua morte
Perdão a deus implorou!
Luciano Ebeling Fonseca