Tu só não sobes na vida,
Por o mal que te desejam.
Dificultam-te a subida,
Todos os que te invejam.
Não te ajudam a subir,
E só te travam na vida.
E até se ficam a rir,
Se um dia apanhas sida.
Falo dos falsos amigos,
Ou das falsas amizades.
Dos que pensas que são queridos,
Mas não passam de falsidades.
Falo do cinismo puro,
Por o qual estou rodeado.
Desse que eu já não aturo,
E do qual estou cansado.
A maior parte das pessoas,
Criam em ti uma ilusão.
Fazem-se passar por boas,
Mas depois, tu vês que não.
Tudo o que é dito á tua frente,
Não é igual nas tuas costas.
De caras, soa diferente.
De costas, tu já não gostas.
É o cinismo que impera,
No nosso quotidiano.
E quando menos se espera,
Torna-se algo mundano.
O cinismo é já normal,
Em conversas e atitudes.
Tornou-se uma forma banal,
De fazer com que te escudes.
Ele é a capa da trama,
Em que te vês envolvido.
Com ele se tapa o drama,
Do cinismo escondido.
Com cinismo se faz a guerra.
Matando-se todo um povo.
Também se destrói a terra,
E tudo o que há de novo.
Por vivermos nesta terra,
Onde o cinismo impera.
Morre muita gente em guerra,
E o mundo desespera.
O mundo seria diferente,
E com muito mais amor.
Se o cinismo de muita gente,
Aos próprios causasse dor.
O cinismo é uma arma,
De arremesso e precisão.
Quem o usa, tem mau karma.
E só isso, dá-me aversão.
Porque o cinismo abunda,
Neste mundo em que vivemos.
Nesta vida que se afunda,
Até ao dia em que morremos.
zeninumi 26/7/2007
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