neste ardente dia
em que o quente sopro
cresta as folhas da palma
regresso do profundo
mergulho ao fundo
das trevas, da densidão.
porque regresso, esqueço
amargas dores,
a sede e a fome
e tudo que à terra
me prendia.
neste retorno à luz
venho alado
ainda preso, ainda fraco.
a paz que procuro
e que em silêncio almejo
me espera;
espero
guiar-me pela sua Luz.
José Jorge Frade