Ary Bueno [ O Príncipe dos poemas e do amor ]
Aquela Hárpia, já velha e cansada
Faz mais uma de suas caçadas
Sua vista já não é tão eficaz e boa
Talvez esteja voando então atoa
Mas ela soberana, altiva, volteia no ar
Tentando algum alimento poder achar
Porem nada avista, e volta ao cume
Sem enxergar no seu futuro algum lume
Pobre de ti que dos ares já foi a rainha
Hoje tua sina. se parece com a minha
Que tão solitária pelo mundo caminha
Teu amanhã Hárpia amiga, é incerto também
Pois não sabes se um novo dia para ti vem
Eu...como tu vou morrendo...de saudade de alguém.