Acho que enlouqueci. Os pensamentos vêem até mim como uma narrativa.
Eles fluem sem fundamento, sem principio básico de ser algo real ou concreto.
Já não consigo distinguir quais são meus discursos e os que não são meus.
Oscilo entro o “eu acho” e o que “pode ser”.
Não sei se sou eu ou se é ‘ele’.
Peça divorcio a sanidade. És tu o inimigo que criaste dentro de ti.
Não consigo bloquear estes pensamentos sem lógica.
Eles vêm em proporções efetivamente gigantescas, fico desorientada.
Minha mente mais uma vez está fragmentada, não consigo escutar meus eus, só aquele que está a rondar por entre as portas de minha mente.
O que há de ser, como posso confiar nos meus próprios pensamentos, se eles podem não pertencer a mim?
"Quando me amei de verdade, comecei a escrever sobre o que eu vivia e o que eu pensava, porque compreendi que era meu direito e minha responsabilidade."