Passam-se os dias,as horas
anoitece mais tarde aos olhos,
de qualquer ser iluminado pelo sol
mas não para mim,
os meus olhos vidraram-se
de tanto se abrirem e fecharem
sem nada verem a não ser
nuvens de sombras
que testam os meus limites
as minhas palavras
de verdadeiras
passaram a falsas
falsas juras de amor
como se todo o sangue
que me percorre as artérias
não me fizesse
bater o coração por ti
como se eu não respirasse
de cada jura de amor
selada de sangue
do meu sangue
abriu-se uma ferida
no corpo
na alma
desapareço
a medida que esse fluido
escorre pelos meus olhos de vidro
cegos de te amar
e me pinta a pele
de vermelho morto
Perdi as forças
tiraste-me a vida
eras a sombra do que nunca fui
hoje és a luz da vela
que ilumina a sombra que sou