Poderia ser um caso de final de tarde
em que os côcos caíam do topo do céu
em cima das cabeças dos estudantes das estrelas
perdidos nos universo das constelações infernais
percorridas na viagem entre o luar e o infinito.
.
A nave onde pernoitavam até universos paralelos
tinha jarras de barro cheias de flores variadas,
o mar vislumbrava-se da parte superior
onde o vento uivava e atraía os lobos da floresta.
.
Raras vezes as lágrimas sacudiam as mentes brilhantes,
demasiado mergulhadas nas essências do mistério;
demasiado concentradas nos enigmas, nos traços das mãos
onde eu nunca senti toda a intensidade do teu corpo quente.
.
Viajo nos confrontos entre a ciência e a certeza,
destilo nos lábios a sentença da minha futura amargura,
porque não te encontro no caminho mais robusto da alma.
Há trilhos que se destacam de outros,
e enganado pela suposição e pela esperança
sorrio inocentemente para as ferozes escarpas a que me lanço.
.
Pego folhas, notas soltas rabiscadas à pressa com tinta azul,
queimo palavras que me fazem sofrer na língua
a inquietude do vasto campo de batalha que me compõe.
.
Parti e cheguei a outro lugar (onde o tempo é escasso?)
As nuvens pairam no céu além das cercas e dos canaviais.
O mundo continua a intrigar-me a cada segundo,
enquanto o coração bate desiludido com novos mundos
que apesar de encerrarem a sua própria beleza
não conseguem diluir a tinta da minha própria maldição.
rainbowsky
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