Quando começa a chover,
Um vento passa pelo corredor.
Uma música muito fina atravessa
Atravessa o meu espírito
Sem deixar marcas...
É uma música sem nome,
O que é muito bom,
Pois se tivesse nome,
Não seria uma música do vento
E nem da chuva...
Da menina de olhs verdes
Da minha infância,
Que sempre me encanta,
Nem o nome dela eu sei!
Mas nã faz diferença,
Pois o que vale
É o conteúdo,e não o rótulo...
A humanidade tem brigado,
Através dos séculos,
Por causa dos NOMES,
Sem se dar contas
De concordam no essencial...
Por isso nunca dê NOME ás coisas:
Fale da exploração do homem pelo homem
Mas não diga socialismo...
Fale da energia que criou todos os mundos,
Mas não diga Deus,Buda, Jesus
Ou vaca sagrada da India...
Só depois de rasgarmos todos os rótulos
E fiicarmos, apenas, com a menina
De olhos verdes da nossa infância,
O vento e a chuva,
É que poderemos encontrar a PAZ!..