não tirem o vento às gaivotas - sampaio rego sou eu
eu tenho o meu mundo. um que invento todos os dias. sei que por vezes está muito desabitado. talvez de desejos. talvez de virtudes que reclamo e nunca encontro – talvez hoje. saiba fazer outro mundo. um igual a este que tenho. que é o teu [vosso] também – apronto-lhe unicamente uma porta maior. esta porta não será nunca minha. sempre que entrarem sei que o sofrimento vem por arrasto. sempre foi assim – foda-se. estou farto de ver entrar a chuva. por porta que afinal não é minha. é tua porque nunca lá estou para te receber. Estou perdido nos desejos que nunca crescem dentro das mãos que me esganam. o ar é a lama que me deixas nos olhos para não te ver – lambo as feridas para te fazer feliz. terra maldita que hoje reclamas pelo mundo mais sorte. reclamas tu tratamento especial. reclamas limpeza e verdade. – e EU????? – que fizeste por mim. que amparo deste a este luar que se desprende do olhar negro que nasce dentro de ti – não me peças para não dizer que isto é uma puta de uma merda. é e é. e não quero saber se tu, terra de merda, me vais dar mais um sonho – sei que nunca será meu.