Sentei-me à sombra do teu luar,
Escrevi um verso em forma de amar
Olhei cada retrato
Em que o teu mundo sorria
A minha presença já não se sentia
Foi um triste chorar
Que a noite me queria mostrar
Mas as lágrimas ficaram contidas
Por dentro do espaço que deixaste vazio
Foram abatidas
Com um sentimento frio
Cada foto, uma lágrima escorria
Escorregava pela minha alma
E no final caía
Caía com toda a calma
Ficava presa ao chão do meu coração
Como um sonhador à ilusão
Hoje olhei todos os retratos
Enchi o coração de lágrimas
Para que os passos se tornem latos
E a agua lave as feridas antes que as oprimas
Porque amanhã quero sentir-me debaixo do astro-rei
E olhar as minhas imagens
Onde te esquecerei
Onde o meu mundo será espelho sem miragens
De uma alma treinada pelo tempo
Renovada pela determinação
Pronta para fugir do mundo que encheste de ilusão…